Dar aquela passada no banco já não é atividade obrigatória para muita gente. A tecnologia trouxe facilidades que mudaram o comportamento dos clientes bancários e não é de hoje que ferramentas virtuais têm respondido bem às demandas deles. Para quem está familiarizado com o computador ou o smartphone, é fácil resolver tudo de forma ágil e com apenas alguns toques no teclado. A novidade, agora, é que as agências bancárias não estão perdendo espaço só para os canais virtuais, mas também para outras empresas que têm oferecido serviços personalizados quando o assunto são finanças pessoais: as fintechs.
Desenvolvidas por startups, elas vieram para ficar e têm alcançado bons resultados no mercado brasileiro. E os serviços são os mais variados, indo desde cartões de crédito sem cobrança de anuidade, acesso facilitado a empréstimos ou financiamentos, auxílio no controle financeiro familiar e transações com criptomoedas a até financiamento coletivo – conhecido como crowdfunding, quando pessoas ou projetos recebem doações de terceiros para um objetivo específico, que pode ser a abertura de um negócio ou patrocínio para participar de uma competição esportiva, por exemplo.
No ano passado, a concentração bancária no Brasil caiu. Os cinco maiores bancos do país (Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itáu Unibanco, Bradesco e Santander) diminuíram a centralização de clientes e passaram a deter 70% de todas as operações financeiras brasileiras, ante os 74,3% registrados em 2017, segundo levantamento do Banco Central. Ou seja, a hegemonia ainda é grande, mas está diminuindo.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), os bancos 100% digitais e as fintechs já dominam 20% do mercado de cartões de crédito no país. O público que mais adere a esses novos modelos de negócio são os jovens de 18 a 35 anos, pertencentes às classes A e B.
O número de empresas que podem ser classificadas como fintechs, por sua vez, também não para de crescer. Atualmente, no Brasil, são 697 – já contadas as empresas abertas neste ano. Em 2017, elas eram 521, o que aponta um crescimento de 33,78%. A expectativa da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) é de que 2019 termine com um aumento de 25% no número de empresas. Estimativas do setor também apontam para crescimento de 40% em investimentos nos negócios.