Muitos projetos de empreendimento acabam engavetados por serem inviáveis no momento. E, essa inviabilidade pode acontecer por diversos motivos, como a falta de recursos financeiros, falta de experiência das pessoas que estão empreendendo e, até mesmo, insegurança no projeto. Se esses também são seus problemas, o investimento anjo é a solução ideal para você.
O investidor anjo é a figura perfeita para empreendedores que precisam de recursos e conhecimento para tirar o projeto do papel e, finalmente, colocar em prática sua ideia de negócio.
Muitas das maiores empresas do mundo, inclusive, iniciaram suas atividades com a participação de investidores anjos, como a Google e o Facebook. Não pense, contudo, que sua empresa ou ideia não é grande ou relevante o suficiente para estar qualificada a receber esse tipo de investimento. Seu projeto pode ser exatamente o que um investidor anjo procura.
O investidor anjo é a figura que pode te ajudar a superar um dos maiores desafios, senão o maior, de um empresário: conquistar recursos financeiros, materiais ou administrativos.
Embora tenha entrado em evidência no Brasil recentemente, esse tipo de investidor já atua há décadas em mercados internacionais.
Na verdade, o investimento anjo surgiu já no início da década de 20, nos Estados Unidos, e era utilizado em referência aos patrocinadores de peças da Broadway. Esses investidores pagavam os custos de produção assumindo os riscos, mas também participavam do retorno financeiro e ainda apoiavam sua execução.
Com o desenvolvimento do mercado financeiro, o termo foi “importado” para se referir aos investidores que aplicam em novas empresas por acreditarem no crescimento delas. No empreendedorismo, isso também implica em assumir os riscos e participar do retorno financeiro, atuando, ainda, como mentores do negócio.
Ou seja, é basicamente a mesma coisa, mas ao invés de peças da Broadway, o investimento pode ser em seu projeto.
Embora exista uma lei para regulamentar a atuação do investidor anjo, ela não apresenta restrições sobre quem pode fazer esse tipo de investimento. De acordo com a legislação, qualquer pessoa física ou jurídica que investe recursos em uma microempresa ou em um negócio de pequeno porte é entendida como um investidor anjo.
No entanto, por ser uma aplicação de alto risco e por exigir conhecimento empresarial, os investidores costumam ser empresários ou executivos experientes e com bastante recursos.
Obviamente, a relação entre o investidor anjo e o empreendedor é mais complexa que isso. Para entender melhor, confira como é definido um investimento anjo.
Uma vez que apresenta risco considerável, o investimento anjo, geralmente, é feito por um grupo de investidores. Assim, eles podem mitigar os riscos e ainda compartilhar o esforço da mentoria ao empreendedor.
No entanto, normalmente um investidor-líder é designado para avaliar o projeto e, caso seja de seu interesse, discutir os termos do contrato com o empreendedor. Então, ele apresenta o projeto e a negociação aos outros investidores anjos, que avaliam a viabilidade de participar do negócio.
É importante salientar que esse tipo de investimento tem um prazo de validade estabelecido pela legislação. A Lei Complementar 155/2016 estabelece um limite de 7 anos para a vigência do contrato de participação, de modo a proteger o investidor anjo caso os resultados do negócio não sejam satisfatórios para ele.
Por outro lado, o investidor só pode realizar o resgate dos investimentos após dois anos da assinatura do contrato. Assim, a lei também garante certa estabilidade ao empreendedor, caso seu investidor anjo decida retirar o investimento e migrar os recursos para outra empresa.
Como você pôde ver, a legislação garante certa segurança a ambas as partes desse tipo de investimento. Ainda assim, o estabelecimento prévio de todas as condições para o fim dessa sociedade é essencial para evitar conflitos de antemão.
Inclusive, para atuar em conformidade com a lei, a primeira etapa deve ser a assinatura de um “contrato de participação”, entre o empreendedor e o investidor anjo, que deve estabelecer todos os parâmetros para essa relação de investimento.
Agora que você sabe o que é um investimento anjo, confira qual o papel desse investidor na sua empresa.
Confira, abaixo, quais os tipos de empresas que são mais propícias a receber esse tipo de investimento.
Geralmente, os investidores anjos procuram um tipo específico de negócios para aplicar seus recursos: as startups, que são empresas jovens com grande potencial de inovação. Isso ocorre porque essas empresas possuem, normalmente, um diferencial: novas soluções para problemas antigos do segmento no qual atuam.
Por esse motivo, as startups apresentam maior potencial de escalabilidade, isto é, de gerar mais emprego, renda e impacto. Consequentemente, o retorno financeiro também se torna mais atrativo ao investidor. Contudo, ao investir em uma empresa iniciante, ele também assume altos riscos.
Mas qual o objetivo do investidor anjo? Bem, isso vai depender de cada um. Esse tipo de investimento apresenta diversas vantagens tanto para o investidor como para o empreendedor, e também para a sociedade. Afinal, o crescimento da empresa representa a oferta de vagas de emprego, aumento de renda e circulação de moeda em negócios locais.
Entretanto, o principal objetivo do investidor anjo ao aplicar em seu negócio é, obviamente, o retorno financeiro e a chance de diversificar seu portfólio de investimentos, diminuindo seus riscos de perda de ativos.
A remuneração do investidor anjo está intimamente ligada ao sucesso do seu empreendimento, uma vez que ela depende da receita da sua empresa. Com efeito, a lei estabelece que os rendimentos devem ser resgatados no prazo máximo de 5 anos e que nunca deve ultrapassar 50% dos lucros obtidos pela pelo negócio.
O investimento total por empresa varia conforme o tipo de negócio, mas o valor médio é entre R$200 mil e R$1 milhão, podendo, contudo, ultrapassar esse valor quando são projetos considerados muito valiosos.
Independentemente dos demais objetivos do investidor anjo, eles sempre caminharão em volta e a favor do crescimento do seu negócio. Agora que você entendeu a importância deste investimento para sua empresa, confira como atrair a atenção desses investidores e quando procurá-los.
Da mesma forma que o investidor deve confiar em você e no seu projeto de negócio, você deve acreditar no comprometimento dele. Antes de firmar um contrato com algum investidor anjo, portanto, busque por referências. Uma vez que esses investidores, normalmente, são pessoas relevantes no mercado, conferir a seriedade do profissional não será difícil.
Um ponto importante é que o investidor anjo nunca cobra para avaliar o negócio do empreendedor e muito menos para realizar o investimento. Seus ganhos serão o retorno financeiro que sua empresa irá proporcionar após seu crescimento. Assim, caso seu possível investidor solicite um pagamento, desconfie.
Outro fator fundamental é conhecer as normas que regem o investimento anjo, pois assim você evita compromissos maiores do que lhe cabe. Por exemplo, mostramos que o retorno financeiro do investidor deve ser menor que 50% da receita do negócio e existem outras questões que além de te prejudicar podem desrespeitar a legislação.
Contar com especialistas para te auxiliar neste tipo de decisão é fundamental para que essa parceria seja realmente vantajosa para seu negócio.
O próximo passo, depois de conseguir o investimento, é focar para que a sua empresa administre o dinheiro da melhor forma possível. Ao utilizar uma plataforma de gestão financeira, por exemplo, que possibilita a automatização de cobranças, você estará dando mais um passo em direção ao sucesso.
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Fonte: https://www.iugu.com/blog/o-que-e-investidor-anjo?/